Fórum público discutiu revitalização do Centro Histórico


O programa de iniciativas do Mês do Centro Histórico, organizado a propósito da apresentação do Ante-plano de Pormenor de Salvaguarda da Zona Histórica de Sines, foi concluído no dia 26 de Fevereiro, com um Fórum público na Capela da Misericórdia.

“Pretendemos ter uma intervenção programada em que as pessoas se revejam. Não é possível a unanimidade, mas é desejável que tenha o acolhimento da maioria das pessoas”, disse, na abertura, o presidente da Câmara Municipal de Sines, Manuel Coelho. “Com este plano em vigor e com a candidatura aprovada ao programa de Regeneração Urbana, a Câmara Municipal de Sines tem instrumentos para fazer as intervenções necessárias no espaço público (pavimentos, estacionamento, valorização dos edifícios com características para receber equipamentos públicos, etc.) e para pressionar os proprietários para dar uso aos seus prédios”, acrescentou.

Convidado do Fórum, o arquitecto João Cabral, docente da Faculdade de Arquitectura da Universidade Técnica de Lisboa, disse que o declínio do centro histórico de Sines (que hoje alberga menos de 5 por cento da população total da cidade) é semelhante ao que ocorreu noutras cidades do país, tendo, neste caso, sido agravado pelas roturas provocadas pela instalação do complexo industrial. Para o especialista em planeamento das cidades, é necessário definir qual a função do centro histórico entre as várias centralidades de Sines e conferir-lhe as “regalias” que permitam cumpri-la.

Sobre o programa de Regeneração Urbana, João Cabral sugeriu o alargamento da parceria, acolhendo as grandes indústrias, para aumentar a capacidade de financiamento. Walter Rossa, o arquitecto responsável pela elaboração do Ante-plano, disse que está a ser pensada a criação de um fundo de investimento, constituído pela Câmara e pelas empresas que mostrem interesse em participar.

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